"Tomar salsaparrilha para o sangue"
Jorge de Lima
A seiva do silêncio amplia o olhar
Quando não há lugar para repousar
E as nuvens carregam lágrimas químicas
De decaídos homens insatisfeitos
Não quero te exigir nada
Mas é hora de limpar teu sangue
(Teu sangue único
É teu sangue metafísico)
Antes que se acumulem os Rastejantes
Para sugar o que é só teu
Guarnece tuas orelhas com arcoíris
Inscreve nomes sagrados em teu peito
O tempo não é linha o tempo é círculo
Mas a crosta que palavras ocas lhe impuseram
Acabam por sufocar
Tomar o beijo das ervas para os sonhos
Tomar a ti mesmo em teus braços
Portar um sorriso no estandarte
Escancarar imensas asas absurdas
No espaço mínimo
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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